O relatório de App Annie reflete como alguns criadores estão mais focados a produzir conteúdo original desde quando aplicativos começaram a oferecer programas de monetização e incentivos financeiros. O TikTok e o Kwai são expoentes dessa prática aqui no Brasil, mas o Facebook também deve pagar R$ 5,1 bilhões aos influenciadores digitais até 2022, assim como o YouTube, cuja renda mensal pode chegar a R$ 50 mil para quem se dedicar ao Shorts — a sua ferramenta de vídeos curtos.
O Twitter é outra plataforma que aposta na remuneração de pessoas para impulsionar o crescimento. Além de lançar o Spaces, voltado para conversas por voz, a rede social adicionou o Super Follows, que permite cobrar uma taxa de assinatura mensal por conteúdo extra, e o Tip Jar, uma espécie de gorjeta que se envia a um criador de conteúdo como forma de agradecimento.
Do texto para o vídeo
A pesquisa do App Annie revela uma tendência que a maioria dos produtores de conteúdo digital já percebeu: a migração do texto e foto para os vídeos e o streaming. O objetivo é manter os usuários presos nas plataformas por mais tempo, o que gera retornos financeiros com a exibição de propagandas direcionadas. O próprio Instagram, criador do conceito de rede social fotográfica, já mudou seu enfoque para os vídeos com os Stories, o IGTV e, mais recentemente, o Reels.
O relatório aponta um gasto de R$ 34,4 bilhões por meio dos apps sociais só em 2021: somente americanos e japoneses, os mais "mãos abertas" no ambiente digital, torraram mais R$ 7,6 bilhões no primeiro semestre deste ano. Uma projeção feita pela companhia revelou que esse valor pode subir para R$ 87,7 bilhões até 2025, o que revela o poder de expansão do mercado.
Domínio do TikTok
A pesquisa reforça, ainda, a posição de domínio do TikTok no mundo: trata-se do aplicativo social e de entretenimento mais baixado pelo segundo ano consecutivo. O Instagram, que começou a pedir a verificação de datas de nascimento, já superou a empresa-mãe (Facebook) e fica na segunda posição do ranking global.
Completam o TOP 10 aplicativos como WhatsApp, Telegram, Snapchat, Messenger, Capcut, MX TakaTak e PicsArt — esses três últimos são editores de vídeo e passaram outros programas populares como Netflix e Pinterest. Vale lembrar que esses dados não consideram os downloads do mercado chinês, cujos os apps exclusivos e populares por lá podem fazer frente às alternativas ocidentais.
O relatório completo do App Annie pode ser baixado no blog da companhia, mediante cadastro prévio.
Fonte: App Annie