Joseph Asan Jr. fez 69 vítimas entre fevereiro de 2019 e outubro de 2019, levantando um alerta para um tipo de fraude antiga, que vem desde os idos da internet, mas tem ganhado ares de cooperação internacional e elementos envolvendo a falsificação de e-mails em nomes de empresas e instituições reais. Além do reservista, também foi condenado um homem chamado Charles Ifeanyi Ogozy, com ambos trabalhando ao lado de associados na Nigéria para lavar o dinheiro obtido a partir do golpe.
A dupla assumiu identidades falsas e realizou contatos online com as vítimas, e uma vez que o romance era estabelecido, começavam os pedidos de transferências em dinheiro, com a alegação de problemas financeiros, pagamentos de viagens ou questões de saúde familiares. Ao mesmo tempo, a fraude de e-mail também era realizada contra trabalhadores de grandes empresas dos EUA, em nome de parceiros comerciais, clientes ou outras pessoas de interesse, também com foco em obter transferências irregulares.
Pelo menos dez contas bancárias em oito instituições de diferentes países foram abertas em nomes de empresas fantasmas. A partir delas, o dinheiro era transferido dos EUA e pulverizado por terceiros, que não foram identificados pela justiça americana, que também não falou sobre o que era feito com os valores uma vez que eles saíam do país.
O alerta sobre o caso, feito pelos especialistas da ESET, também se encontra com um comunicado feito pelo FBI, indicando um aumento vertiginoso nos golpes de romance durante o período da pandemia. De acordo com as autoridades americanas, foram US$ 304 milhões roubados das vítimas ao longo do ano passado, um crescimento de 50% em relação a 2019 e o quádruplo do que foi registrado em 2016, quando a agência de segurança começou a realizar este levantamento.
As medidas de atenção valem, inclusive, para os brasileiros, que também podem ser vítimas de criminosos agindo internacionalmente, como no caso citado, ou de maneira local. Normalmente, os criminosos pedem valores pequenos, que nos EUA são de, em média, US$ 2.500, e alegam urgência, atingindo o emocional das vítimas envolvidas sentimentalmente e acreditando nas promessas de romance.
O ideal é evitar realizar tais transferências ou até mesmo cair nestes papos a não ser que se tenha a certeza de quem está do outro lado da comunicação. Desconfie de perfis com poucos contatos ou criados recentemente e busque outras referências; a recusa em realizar chamadas de voz ou vídeo também é um indicativo de que o príncipe encantado pode não ser quem afirma.
Fonte: ESET